domingo, 9 de junho de 2013

O CAVALO BRANCO





»Vem! E vi que apareceu um cavalo banco; o cavaleiro levava um arco e foi-lhe dado uma coroa. Depois, partiu vencedor para novas vitorias-»
(Apocalipse 6:2)

O que lê que entenda: o amor lindo, o amor dos trovadores dirigido às águias, dirigido às ovelhas; assim nos fala o mensageiro.

         Um ramo verde anuncia-nos a boa-nova; como sempre, esta manhã,  despertei antes que os galos cantem, e fiquei desperto para receber o brilho da reluzente estrela da Manhã.
         A abominação desoladora da qual falou o profeta Daniel, tinha-se detido ante nós, revestida por sombras de demónios enfurecidos. O diabo, príncipe deste mundo, conhecia-nos; enquanto muitos diziam estar benzidos pelo CÉU e faziam as suas vidas normais como qualquer outro cidadão deste mundo com suas alegrias e suas tristezas. Nós, envoltos numa nuvem, éramos abominados por Satanás; este colocava-nos na realidade, no futuro da profecia. A verdade, ou o real, nunca poderão estar à margem dos Evangelhos; as tentativas de expressar os nossos sofrimentos mostram-se limitadas e aludem somente, a uma experiencia vivida que dificilmente pode ser descrita com palavras.
O tempo do fim
«12:1 Naquele tempo, surgirá Miguel, o grande príncipe, que protege os filhos do teu povo. Será este um período de angústia tal, que não terá havido outro semelhante desde que existem nações até àquele tempo. Ora, entre a população do teu povo, serão salvos todos os que se encontraram inscritos no livro».
                                                                                                        (Daniel 12: 1)

         Muitos destes «abençoados por Jeová» disseram: «olha como andam estes, meteram-se em práticas do diabo e o mesmo diabo voltou-se contra eles, inclusive enristando alguns até à morte». Mas qual é o abençoado por Deus, que pode dizer tal infâmia! O mundo inteiro sabe que «lobo não come lobo» e como disse o próprio Jesus: «que príncipe divide o seu reino».
         A essência da doutrina de Deus, na realidade, advém do testemunho dos Evangelhos e no mundo dos que dizem representar Deus e Cristo, estes prestam-se a ser investigados precisamente no momento histórico em que se esgotou o tempo do homem. O número da besta, o 666, reluz por todo o lado, este contém a semente de um mundo globalizado e converteu-se numa unidade abstrata com a morte do germe da diversidade e do pensamento livre. Para criar esta situação no mundo, o diabo inspirou-se numa visão primária que têm lugar nas profundezas da psique do homem; este pode considerar-se livre pelo facto de pensar que o é.
         As duas forças negras das quais se serviu o diabo para marcar o homem são dois cornos semelhantes a um cordeiro; sem dúvida, falam como um dragão (Apocalipse 13:11). O primeiro corno estende-se pelo corpo em forma de fármaco supressor, é o grande veneno criado pelas multinacionais farmacêuticas, com os seus efeitos apaziguadores. Os potentes princípios ativos dos medicamentos atuam sobre o organismo como uma droga, inclusive mais potentes do que as drogas psicadélicas que se tomam para entrar num estado de transe. No caso dos fármacos, as doses são controladas, contudo, a persistência do seu uso produz os mesmos efeitos, a longo prazo. Todos sabemos que aquele que toma drogas está condenado a alterar a realidade das coisas, convertendo-se num hóspede de um mundo distorcido e num escravo da mentira. A consciência e as drogas nunca podem andar juntas, o mundo da droga “farmacopeia” pode ser chamado o mundo do «Não-ser» faccionado entre dois polos opostos. Por um lado, a razão trabalha e faz multiplicar os conhecimentos; não obstante, quanto mais se agudiza a razão, mais afastado fica o SENTIDO.
         Quanto maior a repressão do SENTIDO (ação que se produz pelo facto de tomar drogas e fármacos), mais nos perderemos no automatismo do pensamento.
Certamente vós sois o mundo e com o mundo morrerá a sabedoria.


Eu não sou deste mundo.
Invoco a Deus e ele responde-me.
O ouvido do SENTIDO reconhece.
Deus desaprova os repressores do SENTIDO.
A natureza é a minha salvação.
Pela minha boca não entrará nada imundo.
Por Deus serei justificado.
E quem lutará ao meu lado?

         O segundo corno favorece o nascimento e o amadurecimento das injustiças injustiças, vemos como estas se encimam ao canal do SENTIDO. Dia-a-dia, vão-se desencadeando as forças furiosas das águas (maldade), que são como um furacão que passa por cima de um povoado de cabanas (homens drogados). A mente mais potente pode ser vencida, a mais justa e forte rebeldia pode ser derrubada, o sofrimento pode ser confundido com felicidade e o falso dito é ameaçado pela desdita. Tudo está devidamente estudado para que necessariamente seja tal como deve ser. Desta forma, contemplamos o jogo da vida com calma interior; esta só é interrompida, na medida em que as notícias acidentadas nos expõem a uma realidade resignada. Morrer de fome hoje, é algo tão natural, como dar um passeio com o cão, ou comer um bife cheio de sangue frente à maravilhosa luz do écran que nos traz uma e outra vez tão «agradável noticia». A contemplação que façamos no efémero da verdade perde-se na noite dos tempos e se analisarmos o modus operandi como um espectador zeloso, poderemos contemplar que as forças ocultas que a manejam, alcançam uma harmoniosa comunhão com a mãe da sombra.
 «… um grande dragão de fogo, com sete cabeças (o número sete representa o conhecimento) e dez chifres, (dez são os poderes efetivos que obram na Terra) … lançou-as à Terra (Apocalipse 12: 3).
         O que antes só se comprava nos quiosques, como um cordeirito, foi-se entranhando no mais profundo das nossas casas e fala como um dragão. O corno dos informadores cresceu consideravelmente, e junto ao grande corno da medicina, formam a segunda besta apocalíptica.



O homem é filho dos homens.
Os seus dias são curtos e estão cheios de maldades.
Espera-os o pó, e nenhum papa lhes dará a salvação.
Quando este homem pereça, eu voltarei a viver.
Viverá também Blas Infante.
A ele e a mim, encanta-nos o flamenco que eles nos ocultaram.
Viverá Fidel Castro sem impor nada.
Viverá Carlos Marx crendo no verdadeiro Deus.
Virão os primeiros cristãos que repartiam os bens (Atos 2: 44 – 45).
Virá Hugo Chávez, e repartirá o dinheiro do petróleo com os pobres.
Virão as crianças apaixonadas para contemplar espetáculos de artes marciais.
O vegetariano será tratado como filho de Deus, ao qual se lhe deu os frutos da terra para se alimentar.
Terão a sabedoria do profeta Daniel que também era vegetariano.
Viverá Hipócrates e os naturistas que fizeram o juramento hipocrático.
Viverá o curandeiro a quem Deus outorgou a graça para curar.
Bebemos da água da fonte, que Deus benzeu para sarar.
Os princípios da medicina chinesa crescerão no ocidente.
Haverá um sinal de saúde.
A Deus, esperam os navios de Társis … (Isaías 60: 9)… para trazer de longe os teus filhos com a sua prata e o seu ouro…
O ouro: a consciência superior (Tao, Monte Santo, Sião) 
A prata: o médico interno (Vis Medicatrix)


Pela Terra voa e clama
cavalo branco que assoma
enquanto isso dormita a alma
sotainas negras de Roma.

                                                                                                                            El Mensajero