segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

I - REGRESSO AO PARAÍSO


23h12m – Mensagem

“Regresso ao paraíso”

Como…? Depois de tanto tempo, envia-me isto?
Respondo imediatamente – “Que queres dizer com isso?”

“Procura na Bíblia”

Insisto novamente, envio outra mensagem – “Como assim? Que queres dizer?”
Sem resposta. Tento ligar, mas está fora de serviço.  

Não dormi bem, estive inquieta e em sonhos procurava um caminho, procurava uma resposta…
No meu pensamento estava sempre aquela mensagem: “Regresso ao Paraíso”.
Prometi a mim própria que, assim que tivesse um pouco de tempo, iniciaria a minha busca.

Passaram-se dias e continuo sem saber por onde começar. Se ao menos pudesse esquecer aquela mensagem e acalmar esta inquietude, mas não… (A verdade é que, uma vez conscientes de “algo”, e de que “algo” tem de ser feito, já não nos podemos alienar do mesmo.) Tenho que começar por algum lado! Ver na Bíblia é muito vago. Primeiro passo: pesquiso na Internet. Nada! Sem respostas!

Mas o que é o Paraíso?
Para os outros…
Para mim…

Na verdade, para a maioria das pessoas o Paraíso consiste numa vida de mordomias, de dinheiro, repleta de bens materiais, de paisagens sofisticadas, de spas, etc., no fundo, desejos que resultam de uma sociedade doente; tratá-la é como reprimir uma guerra já desencadeada.

A noção de Paraíso fica relegada/limitada ao aspeto material, sem espaço para conceitos/valores tais como: a Saúde, a Fé, o Amor, a Honestidade, a Bondade, etc. Redefinir este conceito, na sociedade onde vivemos, é comparável a começar a escavar um poço quando se está a morrer de sede ou a começar a limpar as armas quando uma guerra já começou. Será possível consegui-lo? Ou chegará esta redefinição demasiado tarde?
Perdeu-se o hábito, deixou-se de dar importância a tais conceitos e, com isso, a capacidade de perceber que o verdadeiro Paraíso é a promessa de Deus e que, de facto, está em Nós.



O Paraíso está em nós e cabe a cada um de nós descobri-lo.



A placidez com que hoje em dia as pessoas se submetem a cirurgias, quimioterapias, radiações e a potentes produtos químicos, não nos deixam de assombrar, pois estamos conscientes dos efeitos devastadores que tais terapias têm sobre o delicado equilíbrio energético do organismo, deixando-o cada vez mais longe de algum dia alcançar o mais sublime equilíbrio, o da “autorregeneração”.
Deus criou um homem equilibrado, não um homem degenerado:

“E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida; e o homem tornou-se alma vivente.
Então plantou o Senhor Deus um jardim, da banda do oriente, no Éden; e pôs ali o homem que tinha formado".
(Genesis 2:7-8)

Segundo Tzu Hang, médico alquinaturista e grande sábio da nossa época, isto refere-se à reconstrução do tálamo na espécie humana, um tálamo reorganizado e com uma evolução com cerca de 15 milhões de anos.

A “Terra” pode ser o Inferno ou o Paraíso, depende da consciência dos Homens. Entende-se por “Terra” uma determinada zona talâmica, denominada Vis-Medicatrix, o nosso médico interno, ou seja, uma fonte de cura, sendo também, o conceito de terreno fértil onde crescerá o que se planta.

“…mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais.
Disse a serpente à mulher: Certamente não morrereis.
Porque Deus sabe que no dia em que comerdes desse fruto, vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal.”
(Genesis 3:3-5)




Eva foi tentada pela serpente (Diabo); esta é uma tentação do Ego, o que implica a passagem do Ego vital para o Ego patológico, provocando uma alteração da consciência coletiva. Com Adão e Eva temos a escolha do Bem e do Mal que vai ficar registado nas células da nossa biomemória, o que significa que, em nós, tanto pode intervir Deus, como o Diabo. Se a escolha de Eva tivesse sido o Bem, só Deus poderia intervir. A partir daqui, o Ego e a Maldade tomaram proporções que nos afastam cada vez mais de alcançar o Paraíso. 
Citando Tzu Hang, no artigo “Fonte de Vida nas Flores do Coração”, de A.M.F.: El León:

“- Toda a metafísica do poder deste mundo está edificada sobre o ego patológico, existe um ego vital e natural no homem que impulsiona a capacidade de superação e que os faz transcender: dinheiro para viver, sexo para o desfrutar e procriar, título e reconhecimento para ser valorizado, poder para ter autoridade moral benéfica, controlo para ordenar o meio e o dogma como elemento de preservação das doutrinas verdadeiras ou ideias.”




As atitudes que temos ficarão impressas/registadas a nível talâmico e aí adquirem uma conotação efetiva específica que nos levam, ou a desajustes, ou à harmonia.
Ao conseguir transcender os maus hábitos (que de facto, por si só, já são maus por serem hábitos), chegamos à plenitude. Se atingirmos a plenitude, podemos dizer que regressamos ao Paraíso.


23h13m – Mensagem enviada

“O que achas?”

Espero que me responda…


Judit


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