quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

O Sistema Educativo

Nesta sociedade onde vivemos, tão confusa e em crise, é responsabilidade de todos participar na educação dos nossos filhos, filhos da mãe terra, para que possam desenvolver-se na sua mais alta plenitude e poder alcançar um maior nível de consciência. Será importante serem mais críticos e transformadores deste mundo em constante mutação, imerso numa profunda crise em todas as vertentes: ecológica, económica, política, judicial, alimentar, educacional, social, filosófica, sanitária, moral e ética.

Nas nossas mãos e nas dos nossos filhos está o despertar da consciência das leis naturais para poder vislumbrar e poder sair deste sistema que nos mantém alienados, robotizados, sem vontade. Todos juntos podemos mudar este sociedade criando uma consciência individual e coletiva para assim cuidar do nosso planeta, lutar contra as injustiças, desigualdades e maldades que nos assolam a cada instante. Juntos podemos construir um novo mundo, um novo sistema educativo, um novo ser humano com mais consciência, mais evoluído. A consciência é capaz de modificar a realidade.



Tudo na vida é uma viagem para conhecer. Nós procuramos, para nós próprios, a verdade do mundo que nos rodeia; daí a importância de que O SISTEMA EDUCATIVO nos prepare para esta viagem, que nos ensine a conviver, a conhecer o nosso mundo e a realizarmo-nos como ser humano, não esquecendo de que nesta tarefa devemos envolvermo-nos todos. A educação ajuda-nos a ser mais livres.

 Educar não deve ser simplesmente um entretenimento, uma aprendizagem cognitiva, mas sim a formação das bases a partir das quais o ser humano pode crescer, EVOLUÇÃO. Senão, uma nova aprendizagem não trará a possibilidade de proporcionar uma nova cosmovisão, um novo saber. Mais luz, afirma Goethe, ao morrer. A Educação deve centrar-se em tornar melhor o ser humano, como ponto de partida para melhorar os demais.

Quando nascemos somos como sementes; quanto mais as nutrirmos e cuidarmos da sua essência, do que são, melhor se podem desenvolver e manifestar na sua mais alta plenitude. Existem 6 virtudes: a Música, a Educação, o Desporto, a Alimentação Vegetariana, a Medicina Alquinaturista e as Relações. Estas comportam a roda da vida e ao exercitá-las todas, atingimos um grande equilíbrio. A Educação é um destes grandes pilares.

Dentro da Educação, podemos distinguir entre:
 
- Educação escolar e académica;
- Educação profissional e
- Educação da universidade da vida. Viver é um processo de aprendizagem. O caminho faz-se caminhando e não deve confinar-se somente a uma etapa da vida.
 
Antes de começar com uma análise profunda do nosso sistema educativo, gostaria de destacar um ponto de grande relevância. Trata-se da relação que se estabelece normalmente entre aprender e memorizar; aprender não é só memorizar, esta aprendizagem que se faz apenas para responder a perguntas num exame, de pouco serve. No nosso Tálamo, existem varias zonas de distintas funções orgânicas , onde grupos de neurónios são os responsáveis pela sua gestão. Entre outras, estão as zonas do INTELECTO: intelecto racional, analógico e intuitivo. Mais adiante podeis visualizar uma tabela onde aparecem os diferentes intelectos e o que cada um deles controla. Como podem verificar, a memória é só uma parte. É preciso que sejamos capazes de desenvolver cada uma delas. O sistema educativo deveria estar focado no favorecimento das mesmas como um todo e não de uma forma fragmentada.
 

 

 

Arquétipo da Luz

Intelecto Analógico

Ética

Emotividade

Estados Mentais

 

Intelecto Analógico

Consciência da Justiça

Consciência Alimentar

Consciência Igualdade

Consciência Matrimónio

 

Intelecto Analógico

Oratória

Imagens

Leitura e Escrita

Perceção da Aprendizagem

Arquétipo da Vida: Governante

 

 

Intelecto Racional

Memória

Natureza

Órgãos dos Sentidos

6 Egos Vitais

 

Intelecto Racional

Arquétipo da Vida: Médico

Intelecto Cognitivo

Consciência Coletiva: Animal, Vegetal e Empática

 

Intelecto Analógico

Consciência Coletiva Comum, da Moral e da Defesa

Violência

Sonhos

Arquétipo da Vida: Sacerdote

 

 

Intelecto Intuitivo

 
O QUE SÃO OS ARQUÉTIPOS?
A palavra arquétipo provém de “arco”, que define “o que a natureza criou”. Trata-se de uma capacidade inata, natural, só necessitamos de aprender a desenvolvê-la. Todos temos aptidões, talentos. Poder identificar e manifestar o que temos dentro de nós, ajudará bastante a transcendermo-nos.
 
No que respeita aos arquétipos da luz (conhecimento):
- Profissão: dirigente, artesão, militar ou polícia, intelectual, educador e inventor.
- Genialidade: cómico, escritor literário, poeta, médico, pintor e ator.
- Esoterismo: alquimista, antropólogo, místico, filósofo, moralista e mago.
 
Cada pessoa tem pelo menos 2 arquétipos de cada um.
 
 
SISTEMA EDUCATIVO ACTUAL
 
 
Cada vez que chegou ao poder um governo implantou-se uma reforma do sistema educativo; nenhuma das sucessivas leis educativas têm sabido dar solução aos problemas, pelo contrário, aumentaram-nos. Pretenderam desenvolver um modelo educativo de acordo com os seus próprios valores e interesses. Dentro deste sistema capitalista decadente o melhor é poder contar com um rebanho obediente e conivente e não com seres pensantes e questionadores.
 A escola de hoje é produto da estética do modelo industrial que tornou o ser humano numa peça de engrenagem e impulsionou uma educação memorista, vertical, comportamental, descontextualizada, acrítica, fragmentada, utilitarista, centrada na geração de destrezas para o trabalho. A escola pretende ensinar a força disciplinar ao aprendente, a submetê-lo, a dominá-lo, não a ensinar o amor por aprender, nem a disfrutar o processo. A rejeição ao estudo, o desprezo pela leitura e a diminuição dos afetos são os efeitos mais óbvios. Tal sistema não faz mais do que fomentar a preguiça mental, o aborrecimento, o desinteresse, a perda de criatividade, de autoestima e inteligência; cria-se uma multidão de alienados, presas fáceis para todo o tipo de vícios.
O nosso sistema baseia-se no ensino através do medo, da autoridade e com o fomentar de uma submissão passiva à ordem estabelecida. O seu objetivo é formar seres ausentes, perecíveis, incapazes de experimentar o verdadeiro gosto pela liberdade.
O sistema educativo deveria ser um referente social, para assim se poderem extrair lições extrapoláveis para a vida e também beneficiar de uma posição privilegiada autónoma.
 
 
 
Análise do Sistema Educativo Atual
 
 
 - Os educadores convertidos em burocratas pelo sistema, devem enfrentar todo o tipo de problemas como a pobreza, os problemas familiares, a falta de recursos técnicos, e acabam por ficar desmotivados. Os realmente interessados são uma minoria, a maioria faz o seu trabalho, mas a sua preocupação centra-se nas condições laborais.
 
- Jovens aliciados a procurar o caminho fácil, aniquilando as suas capacidades.
 
- Falta de recursos.
 
- Rejeição ao estudo. Quem ama o estudo seguirá aprendendo toda a vida. A melhor professora não é a que sabe a matéria toda, mas a que ensina a amar o estudo; uma vez tal entendido, o aprendente pode seguir por si só. Só precisará de orientação.
 
- Educar não é só informar, o conhecimento deve ensinar-se com consciência. Tecnologia sem sabedoria é poder cego, é como dar a um macaco uma navalha no decorrer de uma demonstração. Conhecer sem ser é tão perigoso como um adolescente a conduzir uma bicicleta a alta velocidade. É necessário aprender sobre a responsabilidade, empatia, capacidade de valer-se por si mesmo, autoestima, assertividade, reconhecer emoções e geri-las.
 
- Educação, não instrução: o Intelecto deve ser educado antes de ser instruído. Um exemplo: um médico que não sabe o que faz, na medida em que deteta a doença através dos livros, é instruído; aquele que sabe adaptar os seus conhecimentos médicos a uma doença diferentes das que são citadas nos livros, é educado/formado em medicina. Podemos comparar o cérebro instruído com um cesto cheio de conhecimentos desordenados; o cérebro educado pode comparar-se a uma caixa onde as ideias estão perfeitamente classificadas, ordenadas e relacionadas por grupos e estes grupos estão unificados com a perfeição consciência dos mesmos. Os aprendentes instruídos não sabem nem discernir, nem ser críticos. É mais importante fazer o teu próprio poema do que recitar de memória os grandes autores. Trata-se de aprender a navegar e a desenvolver a nossa inteligência.
 
- Anulação de capacidades do aprendente submetendo-o a um currículo fechado sem opção de desenvolver o que realmente tem dentro de si. O sistema educativo tem de evoluir para abandonar a massificação em detrimento de um tipo de educação na qual o aprendente possa escolher as matérias livremente, ao lado de uma formação básica comum. Perante esta deficiência, procura-se compensar com esgotadoras atividades extraescolares.
 
- Cada aprendente não é entendido de forma individual e conforme os seus interesses. Segue-se o sistema tradicional de ensino, com exames, livros de textos e repetição motorística sem outras alternativas.

- Sistema vertical de ensino: o professor do ensino superior explica os conteúdos de um livro, que muitas vezes são deficientes.
 

- Uma alta percentagem de aprendentes passa de ano sem ter adquirido os conhecimentos do ano anterior. Alguns sem saber ler de forma compreensível; isto conduz a contínuos fracassos.
 

- Educação compartimentada por matérias e temas. O universo é holístico. Foi a mente humana quem fragmentou as matérias, como o fez a medicina com o corpo humano. Tudo na natureza mostra-nos a rica interrelação entre cada uma das suas partes. Para compreendê-las é necessário vê-las no seu contexto. Esta seria a base fundamental para um novo enfoque educativo, no qual matérias e tema se interrelacionassem entre si.
 

 - O orçamento que se dedica à educação é muito baixo, assim é difícil dar-se os recursos necessários para melhorar o modo de funcionamento e os resultados.
 

- O sistema de avaliação atual toma o processo como um todo e a própria avaliação torna-se no mais importante. Isto consome muito tempo dos educadores e é o que gera mais stress em todo o processo. A informação converte-se em conhecimento através da experiência, da prática, não através da memorização. Aprendizagem como processo e não como produto.
 
 
A tudo isto podemos acrescentar outra futura reforma do Sistema Educativo em Espanha, o anteprojeto da Lei Orgânica para a melhoria da Qualidade Educativa (LOMCE), aprovada pelo Conselho de Ministros a 21 de setembro de 2012, pois em vez de melhorar a situação, continua a ser um reflexo do sistema capitalista e corrupto no qual estamos imersos. Analisando o texto, podemos observar os seguintes pressupostos: 

1. A definição que se faz de educação é mercantilista e utilitarista, o que subjaz que se vai educar segundo os princípios do sistema económico atual.

2. A educação como um marco de competição entre indivíduos. Alunos são, antes de mais, mercadorias. Esta lei está baseada na oferta e na procura.

3. Pretendem criar provas de avaliação a nível nacional nos pontos críticos de cada etapa educativa. Tal usa-se para levantar obstáculos aos alunos, para incentivar a concorrência entre as escolas dos grandes centros e as escolas em zonas geográficas pouco favorecidas, enquanto se eliminam professores, ajudas e se sobem os impostos. O enfoque está na penalização de quem não cumpre os objetivos. O castigo inclui o retirar de recursos do centro (os alunos menos interessantes para o sistema), neste sentido, emprega-se o termo “prestação de contas.”

4. Outro objetivo da lei é a Racionalização da Oferta Educativa, reforçando em todas as etapas a aprendizagem de matérias instrumentais. Com o aumento do ratio (relação/proporção de alunos) e a eliminação de desdobramentos, precisamente nessas matérias instrumentais (língua e matemática), o que se pretende é, por um lado, eliminar as disciplinas mais criativas (música, artes plásticas) e colocar o foco na superação de provas externas que apenas valorizam as primeiras matérias. Preparar-se para uma prova não é o mesmo que aprender.

5. Os centros serão como empresas, onde o Diretor será um mero gestor. Abandonará qualquer tipo de projeto educativo para centrar-se em ajustar o orçamento e cumprir com as exigências da Administração. Os professores são recursos humanos.

6. O diretor converte-se num gerente e chefe de pessoal ao estilo empresarial, exercendo um controlo absoluto do centro, relegando o corpo docente e o conselho escolar para segundo plano. A direção também tem o poder de selecionar professores e de impor saídas forçosas.

7. O corpo docente começa a ser tratado como mera mercadoria sobre a qual se exercerá repressão para que estes sigam as orientações estabelecidas, sendo muitos deles “apontados a dedo”, rompendo-se o princípio da igualdade.

8. Não respeitaram as especialidades dos professores. A estes podem ser atribuídas matérias e especialidades que não lhes correspondem. É uma forma de degradar a educação.

9. Retira-se a capacidade de avaliar aos professores, deixa de existir a avaliação contínua. O título só será dado mediante uma prova externa. Quem não superar esses testes não vai aprender.

10. Os alunos estão orientados para ensinamentos específicos, não há espaço para estes e as suas famílias desenharem percursos alternativos; os ensinamentos estão regulados unicamente pelo Estado.
 
 


- Podemos dizer que segregar o aluno não significa potenciar as suas especificidades.

- Eliminar programas de reforço conduz a um maior fracasso.

- Tornar os currículos mais rígidos e a organização do ensino impedem o aluno de explorar o que verdadeiramente lhe interessa.
 
- Suprimir matérias para aumentar a carga horária de outras não pressupõe melhores alunos, sendo que, profissionalizar a direção dos centros e suprimir controlos internos conduz ao autoritarismo e a uma perda de liberdade.
 
 
A educação tem de ser para a vida e não ser dirigida apenas para a avaliação; deve ser ativa e com a participação dos alunos. Não será um ensino autoritário nem rígido. Toda a pessoa tem de receber formação e educação para ir tão longe quanto a sua capacidade o permita.
 
Não é suficiente que uma sociedade possua pessoas “muito capazes”. Toda a população tem de ter a possibilidade de formação durante toda a vida.
 


A transformação do mundo não será possível sem um novo ser humano, com uma nova cosmovisão e a mudança das suas ideias, dos seus valores, das suas relações com os outros e com o ambiente natural.

Um povo educador saberá eleger dirigentes honestos e competentes. Estes elegerão os melhores assessores.

Um povo educado não permite corruptos nem incompetentes.

Um povo de ignorantes desperdiça os seus recursos e empobrece-se.

Um povo ignorante vive de ilusões. 

O seu principal erro encontra-se num quadro que não considera a natureza da aprendizagem, a liberdade de eleição ou a importância que tem o amor e os vínculos humanos no desenvolvimento individual e coletivo. 

                                                                                                                                                                                 HAMUTAL

sábado, 26 de janeiro de 2013

“Satanização” do vegetarianismo por parte da Igreja

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Sob o reinado do imperador Constantino, o cristianismo converteu-se em cristianismo estatal e, com isso, cada vez mais numa Igreja estatal. Precisamente nesse tempo, atuou-se também contra os vegetarianos. A jovem Igreja Católica insurgiu-se violentamente os vegetarianos, pois na era de Constantino muitas pessoas sabiam que o cristianismo, desde as suas origens, tinha uma tendência vegetariana. Muitos testemunhos dos chamados padres da Igreja expressam que o cristianismo original tinha sido vegetariano. Seria claramente, por isso, que muitos sacerdotes ainda eram vegetarianos. Houve um concílio no qual os sacerdotes tinham que comer de uma panela de carne, e quem não o fizesse, era destituído do seu cargo. Há inclusivo um anátema do Papa João III, dirigido massivamente contra os vegetarianos, no qual se diz: «Se alguém considera como impuros os alimentos de carne que Deus deu aos homens para o seu disfrute, e renuncia a eles, não porque lhes façam mal, mas porque os consideram por assim dizer impuros, de tal modo que nem sequer provem a verdura que tenha sido cozida junto com carne, como dizem Mani e Prisciliano, que seja pois condenado». Isto foi decidido no ano 561, no primeiro concílio de Braga, em Portugal! Sob o império de Constantino I, diz-se que aos cristãos vegetarianos e pacifistas lhes deitavam chumbo fundido pela garganta.

O espanhol Prisciliano, um vegetariano que ensinou que a natureza tinha que ser respeitada e alimentarmo-nos sem carne, foi o primeiro a ser chamado de «herege» e foi executado pela Igreja no final do século IV.
Da Idade Media foi-nos transmitido, por exemplo, que no século XIII foram executadas duas mulheres que pertenciam à fé cátara. Serena e Agnes de Châteaux Verdun. Este constitui, assim, outro caso histórico que demonstra que se executaram pessoas porque eram vegetarianas.
Tanto na Antiguidade como na Idade Media desencadeou-se uma forte luta espiritual. Na filosofia dos gregos e na dos romanos, também a proteção dos animais e a alimentação vegetariana era algo natural. Tal o demostram nomes como Pitágoras, Empédocles e os conhecidos filósofos romanos Catón, Horácio, Séneca, Ovídio e Plutarco, que igualmente defenderam os animais. A Igreja, não obstante, achou que isso era paganismo, um ensinamento idólatra. Os primeiros padres da Igreja ludibriavam e zombavam não só de alguns padres como também das pessoas que tentavam viver em comunhão com a natureza. O padre Aristides manifestou-se, já no ano 150, contra a insensatez dos egípcios, que santificavam os animais e que não notavam que os animais não são «nada». O padre Clemente da Alexandria zombava das pessoas que honravam a mãe Terra. Uma das suas expressões era: «Estou acostumado a pisar a terra com meus pés e não a adorá-la». Por causa da Igreja, toda a Antiguidade degenerou em barbárie. As consequências desta violenta luta espiritual que a Igreja externamente ganhou para si própria, são, entre outras coisas, os crimes e as torturas que atualmente têm que sofrer os animais. Se se lerem as atas da Inquisição, mais de um se comoverá ao ver o grande coração que tinham em relação aos animais, aqueles que depois foram julgados pela Igreja e que esta finalmente acabou por assassinar. Por exemplo, sobre os Maniqueístas está escrito o seguinte nas atas da Inquisição: «Não comem nem carne nem ovos e não bebem nem leite nem vinho.». E sobre os Valdenses: «Consideram todo o tipo de derramamento de sangre um pecado mortal». Isto poder-nos-ia dar também uma justificação sobre quem está sentado na cadeira de são Pedro. São, ao fim e ao cabo, aqueles que estão a favor da destruição da Terra, da destruição de seres humanos, da natureza e dos animais, sendo que isto é justamente o contrário do que queria e quer Deus, e é justamente o contrário do que ensinou Jesus, o Cristo, que trouxe verdadeiramente aos homens o amor a Deus e ao próximo. Em consequência, quem ocupa a cadeira de são Pedro não é mais que o adversário de Deus.


Até um Franciscano defendia este parecer. No livro Por um bocado de carne, Karlheinz Deschner informa que o franciscano Renato Moretti escreveu: «Satanás instalou-se no Vaticano!», depois de ter tido conhecimento de que o novo catecismo da Igreja, de 1993, afirma: «Deus confiou aos animais a administração do que foi criado por ele, à sua imagem. Portanto, é legítimo servir-se dos animais para o alimento e a confeção de vestuário. Eles podem ser domesticados para que ajudem o homem nos seus trabalhos e nos seus afazeres. As experiencias médicas e científicas com animais, se se mantiverem dentro de limites razoáveis, são práticas morais aceitáveis, pois contribuem para cuidar e/ou salvar vidas humanas».

 


 

 

Saudações do Trono de Sião para os amigos da CURA DO PLANETA MÃE TERRA GAIA




(Link para o texto de referência)

 


A consideração que tenho pelos que amam a Natureza e o vegetarianismo é uma das fontes das minhas inquietudes.       

Desde a Alexandria que se sentia o peso da autoridade da Igreja e esta estabelecia as regras da prática de um trabalho extenuante com uma disciplina estrita, quase militar. A mensagem de amor ao próximo proposto por Jesus trocar-se-ia por uma responsabilidade cívica acrescida e pelo dever ao Estado, algo de que beneficiava o Império Romano.

Os membros desta comunidade cristã da Alexandria eram ascetas e defendiam que as necessidades e sensações do corpo interrompiam a comunhão com Deus. Por consequência, o prazer, o ócio, o alimento e o sexo não eram compatíveis com o verdadeiro cristão.

Este conceito religioso foi proliferando até chegar aos nossos dias, sem que o Céu interviesse a favor dos homens pobres e torturados. Deste modo, a religião cristã começa a excluir radicalmente qualquer antropomorfismo da natureza do Homem.
 
 
“O SENTIDO flui sempre,
suaviza as arestas.
Não sabe de quem é filho.
Aparece diante de Deus.”
(Tao Te King, Lao Tse)
 
 
Todos os seres vivos têm um corpo e fora deste a vida não existe; a vida só existe tal como a contemplamos. Corpo, mente e alma são entidades inseparáveis, de tal modo que quando o corpo retorna ao pó, a mente ou as recordações dissipam-se na perpetuidade eterna. Da alma fica apenas o eco que o Céu recolheu (se Deus chegou algum dia a fixar-se na dita alma), caso contrário, passar-se-á aquilo de que nos fala Salomão, em Eclesiastes 9: 4-6: “Ainda há esperança para quem está entre os vivos; porque melhor é o cão vivo do que o leão morto. Até o seu amor, o seu ódio e a sua inveja já pereceram; e já não têm parte alguma em tudo o que se faz debaixo do sol.”
Contudo, o ser absoluto na sua forma ternária, ou seja, em corpo, mente e alma, possui a potencialidade existencial do mundo espiritual. Não obstante, os processos de desenvolvimento espiritual devem ocorrer no seio da referida existência ternária. Por isso, é na metafísica do desenvolvimento da espiritualidade que o Homem pode aspirar a Deus. Ezequiel 18: 4: “Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é minha; a alma que pecar, essa morrerá.”.
Fora do campo especulativo descobre-se duas formas no Homem, em relação ao conhecimento do bem e do mal, que marcam a sua capacidade de discernimento, que se adequa e relaciona com as suas ações na vida. Assim, o sábio anuncia a sua expressão teórica da aplicação prática que experimenta com as suas atitudes.
 
A benevolência ou moralidade, noção suprema do cristianismo e do Rei dos Céus consiste em não prejudicar nada nem ninguém. Assim, as obras realizam-se e as coisas seguem o seu curso, curso que o profeta Daniel expôs no capítulo 1: 1-21, onde nos diz para não nos contaminarmos com a comida dada pelo rei Nabucodonosor da Babilónia (a mesma comida que comia o próprio rei). Este pediu ao chefe dos eunucos que lhe dessem (a ele e a mais três amigos do reino de Judá) para comer legumes e água para beber e que no fim de dez dias comparassem a sua aparência com a daqueles que comiam os alimentos da mesa real. Ao fim desses dez dias, apareceram Daniel e os seus três amigos melhores e mais robustos que todos os outros; a estes quatro jovens Deus deu-lhes conhecimento e inteligência, em toda a literatura e ciência, a Daniel deu-lhe o entendimento de todas as visões e sonhos.
O sentido da aplicação da moral cristã consiste no respeito pela natureza e pelas leis naturais. Esta é a disposição anímica apta para entender o vegetarianismo, esta é a opção do “não matarás”, é a virtude cristã de que “o maior deve servir o menor” (não comer os animais pelo facto de serem seres inferiores).
 
 
 
 
A interpretação da lei de Deus deve considerar-se no espaço e no tempo, partamos do exemplo de como Jesus ensina sobre o divórcio em Mateus 19: 6-8: “Assim já não são mais dois, mas um só carne. Portanto o que Deus ajuntou, não o separe o homem. Responderam-lhe: Então por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la? Disse-lhes ele: Pela dureza de vossos corações Moisés vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas não foi assim desde o princípio”.
Inicialmente o que nos diz a génesis sobre a alimentação é isto. (Génesis 9: 3-4)
 
 

 
Tudo quanto se move e vive vos servirá de mantimento, bem como a erva verde; tudo vos tenho dado. A carne, porém, com sua vida, isto é, com seu sangue, não comereis”.
Também em el Eclesiastes 3: 13 Salomão disse-nos: “e também que todo o homem coma e beba, e goze do bem de todo o seu trabalho é dom de Deus
O amor atua, mas sem intensão, o interesse pessoal pode gerar situações de comportamento moral cuja regra de conduta pode chegar a impor uma escravidão intolerável. Neste sentido, o homem transgressor não atua por consciência mas pela lei, algumas vezes pela lei de Deis (“pela dureza de seus corações”) ao ser incapaz de conceber o sentido e a natureza das coisas criadas (consciência), outras vezes a transgressão deve-se ao seu próprio interesse, interpretando a lei em seu próprio benefício, por exemplo em Provérbios 16: 1-2 diz-nos: “Ao homem pertencem os planos do coração; mas a resposta da língua é do Senhor.
Todos os caminhos do homem são limpos aos seus olhos; mas o Senhor pesa os espíritos”.
 
 
 

 Mais vale o halo da consciência, do que a lei como carapuço; assim os israelitas no deserto recebiam o manjar de Deus, que lhes caía do Céu (uma espécie de pão com mel). Sem dúvida, eles pediam para comer carne, Deus acedeu aos seus pedidos mandando-lhes codornizes. Como resultado, abateu-se sobre eles uma grande mortandade. Pão com mel (o manjar) dá vida, a carne gera morte; estas são as predisposições do homem para escolher o seu próprio caminho, no entanto, tanto Deus como a Natureza pesam as suas ações.                    
Uma cordial saudação a todos e ânimo para converter a terra num paraíso.