sábado, 26 de janeiro de 2013

Saudações do Trono de Sião para os amigos da CURA DO PLANETA MÃE TERRA GAIA




(Link para o texto de referência)

 


A consideração que tenho pelos que amam a Natureza e o vegetarianismo é uma das fontes das minhas inquietudes.       

Desde a Alexandria que se sentia o peso da autoridade da Igreja e esta estabelecia as regras da prática de um trabalho extenuante com uma disciplina estrita, quase militar. A mensagem de amor ao próximo proposto por Jesus trocar-se-ia por uma responsabilidade cívica acrescida e pelo dever ao Estado, algo de que beneficiava o Império Romano.

Os membros desta comunidade cristã da Alexandria eram ascetas e defendiam que as necessidades e sensações do corpo interrompiam a comunhão com Deus. Por consequência, o prazer, o ócio, o alimento e o sexo não eram compatíveis com o verdadeiro cristão.

Este conceito religioso foi proliferando até chegar aos nossos dias, sem que o Céu interviesse a favor dos homens pobres e torturados. Deste modo, a religião cristã começa a excluir radicalmente qualquer antropomorfismo da natureza do Homem.
 
 
“O SENTIDO flui sempre,
suaviza as arestas.
Não sabe de quem é filho.
Aparece diante de Deus.”
(Tao Te King, Lao Tse)
 
 
Todos os seres vivos têm um corpo e fora deste a vida não existe; a vida só existe tal como a contemplamos. Corpo, mente e alma são entidades inseparáveis, de tal modo que quando o corpo retorna ao pó, a mente ou as recordações dissipam-se na perpetuidade eterna. Da alma fica apenas o eco que o Céu recolheu (se Deus chegou algum dia a fixar-se na dita alma), caso contrário, passar-se-á aquilo de que nos fala Salomão, em Eclesiastes 9: 4-6: “Ainda há esperança para quem está entre os vivos; porque melhor é o cão vivo do que o leão morto. Até o seu amor, o seu ódio e a sua inveja já pereceram; e já não têm parte alguma em tudo o que se faz debaixo do sol.”
Contudo, o ser absoluto na sua forma ternária, ou seja, em corpo, mente e alma, possui a potencialidade existencial do mundo espiritual. Não obstante, os processos de desenvolvimento espiritual devem ocorrer no seio da referida existência ternária. Por isso, é na metafísica do desenvolvimento da espiritualidade que o Homem pode aspirar a Deus. Ezequiel 18: 4: “Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é minha; a alma que pecar, essa morrerá.”.
Fora do campo especulativo descobre-se duas formas no Homem, em relação ao conhecimento do bem e do mal, que marcam a sua capacidade de discernimento, que se adequa e relaciona com as suas ações na vida. Assim, o sábio anuncia a sua expressão teórica da aplicação prática que experimenta com as suas atitudes.
 
A benevolência ou moralidade, noção suprema do cristianismo e do Rei dos Céus consiste em não prejudicar nada nem ninguém. Assim, as obras realizam-se e as coisas seguem o seu curso, curso que o profeta Daniel expôs no capítulo 1: 1-21, onde nos diz para não nos contaminarmos com a comida dada pelo rei Nabucodonosor da Babilónia (a mesma comida que comia o próprio rei). Este pediu ao chefe dos eunucos que lhe dessem (a ele e a mais três amigos do reino de Judá) para comer legumes e água para beber e que no fim de dez dias comparassem a sua aparência com a daqueles que comiam os alimentos da mesa real. Ao fim desses dez dias, apareceram Daniel e os seus três amigos melhores e mais robustos que todos os outros; a estes quatro jovens Deus deu-lhes conhecimento e inteligência, em toda a literatura e ciência, a Daniel deu-lhe o entendimento de todas as visões e sonhos.
O sentido da aplicação da moral cristã consiste no respeito pela natureza e pelas leis naturais. Esta é a disposição anímica apta para entender o vegetarianismo, esta é a opção do “não matarás”, é a virtude cristã de que “o maior deve servir o menor” (não comer os animais pelo facto de serem seres inferiores).
 
 
 
 
A interpretação da lei de Deus deve considerar-se no espaço e no tempo, partamos do exemplo de como Jesus ensina sobre o divórcio em Mateus 19: 6-8: “Assim já não são mais dois, mas um só carne. Portanto o que Deus ajuntou, não o separe o homem. Responderam-lhe: Então por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la? Disse-lhes ele: Pela dureza de vossos corações Moisés vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas não foi assim desde o princípio”.
Inicialmente o que nos diz a génesis sobre a alimentação é isto. (Génesis 9: 3-4)
 
 

 
Tudo quanto se move e vive vos servirá de mantimento, bem como a erva verde; tudo vos tenho dado. A carne, porém, com sua vida, isto é, com seu sangue, não comereis”.
Também em el Eclesiastes 3: 13 Salomão disse-nos: “e também que todo o homem coma e beba, e goze do bem de todo o seu trabalho é dom de Deus
O amor atua, mas sem intensão, o interesse pessoal pode gerar situações de comportamento moral cuja regra de conduta pode chegar a impor uma escravidão intolerável. Neste sentido, o homem transgressor não atua por consciência mas pela lei, algumas vezes pela lei de Deis (“pela dureza de seus corações”) ao ser incapaz de conceber o sentido e a natureza das coisas criadas (consciência), outras vezes a transgressão deve-se ao seu próprio interesse, interpretando a lei em seu próprio benefício, por exemplo em Provérbios 16: 1-2 diz-nos: “Ao homem pertencem os planos do coração; mas a resposta da língua é do Senhor.
Todos os caminhos do homem são limpos aos seus olhos; mas o Senhor pesa os espíritos”.
 
 
 

 Mais vale o halo da consciência, do que a lei como carapuço; assim os israelitas no deserto recebiam o manjar de Deus, que lhes caía do Céu (uma espécie de pão com mel). Sem dúvida, eles pediam para comer carne, Deus acedeu aos seus pedidos mandando-lhes codornizes. Como resultado, abateu-se sobre eles uma grande mortandade. Pão com mel (o manjar) dá vida, a carne gera morte; estas são as predisposições do homem para escolher o seu próprio caminho, no entanto, tanto Deus como a Natureza pesam as suas ações.                    
Uma cordial saudação a todos e ânimo para converter a terra num paraíso.
 
 
 

 
 

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