terça-feira, 18 de dezembro de 2012

UM NOVO MOVIMENTO (I - A FONTE DA VIDA NAS FLORES DO CORAÇÃO)



                                                                                                              



Uma nova proposta para um Novo Movimento


Perante a profusão que existe hoje em dia de terapias alternativas, poderíamos questionarmo-nos acrescentar uma mais.
Varias são as razões que nos induzem a clarificar o que nos diferencia das outras medicinas. A medicina nunca deveria limitar-se a ocupar um espaço restringido, pouco importa se o que se propõe é mal aceite pelas pessoas. Quem se resguarda do mundo, alcança a virtude da sabedoria e da honestidade.

No decorrer da história da medicina natural sempre coexistiram duas grandes correntes: a oriental e a ocidental.
Nenhuma delas tem estado isenta de um perfil doutrinal e de um perfil filosófico, sempre em sintonia com as leis que regem a natureza.

Tzu Hang era um médico muito famoso na arte da Alquinatura, todos se prostravam aos seus pés, uma vez que tinha bebido das fontes do Tao e o Tao tinha-se enriquecido com ele.
Um dia, um paciente chamado Alberto perguntou-lhe:
- O que é o Tao?
  
Tzu Hang respondeu-lhe:
- A escassez e o vazio das atitudes perante a vida não nos permitem vislumbrar os seus conhecimentos. “O Tao que pode ser designado não é o verdadeiro Tao e todo o nome que lhe possamos dar não é o seu verdadeiro nome.” (Tao Te King).

- Mas, para que serve o Tao? – perguntou de novo Alberto. A ciência de hoje em dia é boa e proveitosa para o mundo.

- Para que mundo? – interpelou Tzu Hang – A ciência que impressiona e impressiona as pessoas dissolve-se numa vã aparência e o seu reflexo é a realidade deste mundo: trinta mil crianças morrem de fome diariamente, três mil milhões de pessoas vivem no limiar da pobreza, as potências ocidentais invadem países e geram guerras para apropriar-se dos recursos naturais.

Só um por cento da população mundial arrecadou mais de oitenta por cento da riqueza, expolia o planeta provocando mudanças climáticas, as indústrias farmacêuticas cada vez são mais ricas e a população cada vez mais doente.
Existe uma alineação sistemática dos indivíduos e proclama-se, como desígnio de liberdade, o acatar das normas de um sistema capitalista que, cada vez cria mais desemprego, mais fome, mais escravidão e mais miséria.

A isto retorquiu Alberto:
- Tudo isso tem mais a ver com os interesses e com a avareza dos homens, não se pode culpar a ciência, embora seja certo que esta é muito invasiva e possui poucos recursos de sustentabilidade.

- Não é bom que a tecnologia e a ciência contaminem e alterem o ecossistema – contestou Tzu Hang, mas isso é só uma gota de água comparado com os dois grandes cornos da grande Besta deste tempo.

Estes têm gerado circunstâncias muito favoráveis ao tipo de sociedade atual, que era muito diferente antes dos anos sessenta do século passado, onde coexistiam grandes vícios e grandes virtudes, ideologias de esquerda e ideologias de direita, pensamentos dogmáticos e pensamentos livres. Havia povos que eram conscientes e gemiam sobre a opressão dos seus ditadores, mas tinham a força necessária para realizar um ato de vontade e derrubá-los. Desde as mentes mais rebeldes e lúcidas proclamava-se o amor ao próximo, a justiça, a moral e a esperança que tudo alentavam. 

Não obstante, hoje em dia reina quase um perfeito acordo entre todas as tendências, no que se refere à grande apreciação dos regimes democráticos como elemento condicional da legitimidade dos governos. Uma oposição implacável estabelece-se quando se trata de questionar a dita apreciação e a corrente vital do seu tempo criou um impulso de tal magnitude, que a reconhece como a sociedade do bem-estar.

“Não é a sociedade perfeita, mas é a menos má”, isso é o que nos têm repetido até à saciedade; de tal modo, que ficou gravado na nossa mente. Negar que ao longo da história da humanidade não houve governos que foram justos e que as pessoas foram felizes é um atentado contra a razão e contra a moral.

Aqui impõe-se o autoritarismo dos que se dizem democratas, procedendo de modo parecido ao do fascismo.

                                                                                                                   A.M.F: EL LEÓN

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