domingo, 3 de fevereiro de 2013

NOVO CÉU E NOVA TERRA

SAUDAÇÕES


O Trono de Sión aos amigos, para os quais, lhes é indiferente que os atirem aos leões.

A consideração que sinto em relação aos que não têm nenhum interesse pessoal é a fonte das minhas inquietudes.

Agora chamam-lhes radicais e extremistas! Que ousados, estes indulgentes! O idealismo doutrinal e filosófico constitui a fonte de todo o caminho que leva à VIDA. Sem dúvida, cada dia é maior o número de pessoas que se calam perante as injustiças e ante a adulteração das coisas. À partida, não lhes faltam motivos, por detrás de cada um deles subjaz um interesse pessoal.

Os factos historicamente comprovados acerca de qualquer transformação social, em benefício da coletividade e, como tal, do homem em geral, pouco preocupou aqueles, que o levaram a cabo. O facto de serem revolucionários, nunca lhes meteu medo, a ponto de não se resguardarem do mundo onde viviam; muitos deles entregaram-se até à morte. Podemos constatar que a maioria destes homens, sábios, justos e santos, foram objeto de críticas, por parte daqueles que de alguma forma, queriam conservar, ou não enfrentar, a má ordem estabelecida.
 

                                                                                 Diamantino García Acosta
 

“Então, a oferta de Judá e de Jerusalém será agradável ao SENHOR como nos dias antigos, como nos anos de outrora. Apresentar-me-ei diante de vós para julgar e serei uma testemunha atenta contra os adivinhos, adúlteros e os que juram pela mentira; contra os que oprimem o operário, a viúva e o órfão, e contra aqueles que violaram o direito do estrageiro, sem terem respeito por mim – diz o SENHOR do universo”.
 
                                               (Malaquias 3:4-5)
 

 

Este conceito de como se deve fazer justiça, e do qual nos fala Deus, naufragou como consequência da apreensão da filosofia de Nietzsche. A queda de todos os valores está sintetizada no famoso Grito de Zaratrusta (obra de Nietzsche): Deus está morto! Agora amanhece a aurora do caos. Este pensamento, hoje em dia, exclui radicalmente qualquer doutrina que defenda os valores humanos. Segundo aquele, os “bons” purificam-se diariamente para consumir as oferendas do niilismo.

O fundo deste pensamento relativista é, ao fim ao cabo, o grande interesse. Cada um destes defensores constrói a filosofia segundo a sua própria conveniência, as suas estratégias fazem parte dum plano, mas são descobertas por aqueles que sabem discernir entre: o justo e o esperto, o puro e o mundano, o que é conveniente e o que é inaceitável.
 

 

Ontem à noite tive um sonho onde me apareceu Confúcio, que de imediato me começou a falar, e me disse:
- Dois dos meus melhores discípulos criaram a representação da sombra da minha filosofia e geraram uma forte união entre eles, parecida à da serpente e da tartaruga. À da serpente porque tenta morder o mundo inteiro com o seu veneno filosófico, e à da tartaruga, porque querem fazer uma carapaça com a maioria deles.


Então eu, surpreendido, perguntei-lhe:
- Que diferenças filosóficas os separam?
- Basicamente, esta é a minha filosofia! - Respondeu-me Confúcio. Eu sempre acreditei no Céu, acreditei que o homem superior devia conhecer a vontade celeste (Ming). Para estar em consonância com o Céu, o homem justo vigia a sua conduta e faz o que deve fazer, sem pensar se isso o vai afetar, ao ser um êxito ou um fracasso.
O sábio não procura o seu próprio interesse, deixa à plebe (Sia jen) as preocupações dos prazeres e das riquezas; ele vive feliz na pobreza e na solidão, pouco lhe importa que o mundo o ignore, o Céu conhece-o!

Sem dúvida, eles contabilizam a ação das suas abordagens e utilizam-na numa estratégia chamada: atuar com uma finalidade. No que concerne à justiça, a melhor solução para eliminar o problema consiste em desaprovar o injusto, o falso, como algo natural dentro da conduta do homem, cujas regras de conduta moral podem chegar a impor uma escravidão intolerável.

Todas estas atitudes de comportamentos indecentes, a cujas noções supremas de amor, justiça, moral, equidade, dever, empatia, etc. lhes é negado o seu valor e lhes é invertido o seu significado, porquanto proclamam de radical aquele que os critica. Deste modo, o amoral torna-se “bom”, porque segundo eles cada um pode e deve fazer o que quiser e ao contrário do que devia; o justo transforma-se no “mau”, visto que este só lhes complica a vida. Sem dúvida, quando se necessita de algo, o “bom” não está ou não é eficiente. È aí que recorrem ao “mau” para solucionar os problemas, visto que o caminho reto e sábio te levará à eficiência e te dará espírito de sabedoria.

Então, despois de escutar as sábias palavras de Confúcio, disse-lhe:
- A corrente da vida expressa-se no tempo e no espaço, a Oriente e a Ocidente, nos filósofos e nos profetas. Ao homem reto sempre lhe chega a luz e vê onde o impio e duro de coração se cega. Assim como o homem justo, mal visto e ao serviço dos outros alcança O SÉTIMO CÉU, o que atua em prol do interesse ridiculariza a justiça e entorpece a sua ação de correção em relação aos outros. Devido aos seus atos ficará no “caminho da terra”. Olha! Vou-te ensinar o que disse Isaías:

Novos céus e nova Terra
 
17-18 Olhai; Eu vou criar um novo céu e uma nova Terra; o passado não será mais lembrado e não voltará mais à memória. Alegrem-se e rejubilem para sempre por aquilo que vou criar. Olhai! Vou criar uma Jerusalém cheia de alegria e um povo cheio de entusiasmo.
19 Eu mesmo me alegrarei com esta Jerusalém e me entusiasmarei com o meu povo. Doravante não se ouvirão nela choros nem lamentos.
20 Não haverá ali criança que morra de tenra idade, nem adulto que não chegue à velhice, pois será ainda novo aquele que morrer aos cem anos, e quem não chegar aos cem será como um amaldiçoado. (na tradução espanhola aparece “ … o pecador por cem anos será maldito”)
21-23 Construirão casas e habitarão nelas, plantarão vinhas e comerão o seu fruto. Não edificarão casas para os outros habitarem, nem plantarão vinhas para os outros vindimarem. Os anos do meu povo serão como os de uma árvore e os meus eleitos usufruirão do trabalho das suas mãos. Não trabalharão mais em vão, nem hão-de gerar filhos para uma morte repentina, porque serão a descendência abençoada do SENHOR, eles e os seus descendentes.
24 Antes que eles me chamem, Eu lhes responderei; estando eles ainda a falar, Eu os atenderei.
25 O lobo e o cordeiro pastarão juntos, o leão e o boi comerão palha, e a serpente comerá terra. Não haverá mais o mal nem a destruição em todo o meu santo monte. Oráculo do Senhor.
                                                                                                   Isaías 65:17-25


Este é o meu comentário:

Eu vou criar um novo céu e uma nova Terra”:
O justo atua, mas não tem nenhum interesse, o seu interesse é o interesse dos pobres, dos necessitados, dos oprimidos, dos enganados, dos doentes, dos famintos, dos desesperados, etc. Neste sentido, o justo é consciente das discrepâncias entre a essência e a aparência.
Os que são pela aparência, não querem mudar o mundo, só lhes interessa branqueá-lo para que este pareça habitável e não tão drástico, embora com cada um “no seu sítio”, socialmente falando. Estes baseiam as suas obras no esforço e na “virtude” do que querem mostrar. Tal demonstra uma certa contradição com o mundo da equidade, da justiça, porque para acabar com as misérias do mundo (fome, guerras, exploração, desemprego, doenças, etc.), primeiro há que acabar com quem está a gerá-las: os ricos e as multinacionais. Mas como acabar com eles, sem levantar a voz mas com falinhas mansas para que não se ofendam, e assim possam continuar a utilizar toda a sua máquina destrutiva? Ou será que, simplesmente, devemos permanecer calados?

No entanto, o que ao princípio pode parecer uma desgraça, o impulso revolucionário revelar-se-á com o passar do tempo como algo ditoso. A equidade converter-se-á em felicidade para todos, pelo contrário, a indulgência e a caridade, ver-se-ão como uma tolice e ou incómodo.

No grande comboio, o da corrente da vida, que Deus pôs em marcha, e onde alguns atuam como locomotoras, sendo que esses são a essência: O NOVO CÉU. Outros mostram-se como vagões de cauda, indo a reboque da locomotora para que não sejam muito vistos, formando parte do comboio, mas evitando as investidas dos poderosos; estes são os da aparência: A NOVA TERRA.

" Eu mesmo me alegrarei com esta Jerusalém e me entusiasmarei com o meu povo.

 Desta forma Deus faz-nos a sua promessa baseada numa transformação social profunda, que reside em construir A NOVA JERUSALÉM (o novo templo, o homem com uma nova consciência). Para o homem CÉU isto só é possível se, se mudarem as estruturas do poder estabelecido.

Não haverá ali criança que morra de tenra idade, … , pois será ainda novo aquele que morrer aos cem anos.

Aqui a aplicação da mudança implica a implantação da nova medicina, que nos trará remediavelmente o oposto ao que existe hoje em dia. Não se trata do facto de viver oitenta anos, dos quais (independentemente dos doentes que existem, que são uma multidão) os anos que se vivem supostamente sãos não vão para além dos cinquenta. Cada vez se vê mais idosos como peça de mobiliário, inanimados, devido ao efeito dos fármacos.
A nova medicina alquinaturista, a medicina branca do Céu, construirá um homem são que cumprirá o seu ciclo de vida como uma criança, quer dizer, com um bom estado de saúde permanente até aos seus últimos dias.

“…e quem não chegar aos cem será como um amaldiçoado.

Enquanto o sábio e santo se encontram e em harmonia, condição para governar o mundo de uma forma justa, seus opositores, aqueles que querem o mundo velho, ainda que estejam beneficiando do novo (durar cem anos de vida), não abandonarão a sua intenção (transgressão), sendo que a única coisa que os move é a avareza e o interesse pessoal

 o pecador por cem anos será maldito (versão espanhola).

Todos sabemos o lugar onde vão parar os malditos, já que o espaço entre o Céu a terra é o mesmo, já “a terra” não vai a nenhum lado que não seja ao seu próprio pó, que lhe espera a perpetuidade.

“E os meus eleitos usufruirão do trabalho das suas mãos”.

A luz dos homens provém de Deus, ele dá-lhes, a cada um segundo a sua obra: a obra/trabalho das suas mãos, ninguém pode enganar, nem a sua consciência, nem a Deus. Mais vale ser locomotora que ser vagão, para estar na graça de ser escolhido, porque a não ser assim:

“…será ainda novo aquele que morrer aos cem anos.”

O lobo e o cordeiro pastarão juntos.

O livro da vida revela-nos a obra de cada um (vida passada). Este escreve-se hoje e escrever-se-á amanhã até ao dia em que os livros sejam abertos:

“E vi também todos os mortos, grandes e pequenos. Estavam diante do trono; e foram abertos uns livros. Foi aberto também um outro livro que é o livro da vida. Os mortos foram julgados segundo aquilo que estava escrito nos livros, segundo as suas obras” (Apocalipse 20:12).

Enquanto isso, no meio da corrente vital, o lobo, o que cobiça, viverá com o cordeiro, aceitando as regras do jogo da equidade.
“O leão comerá palha”.

O leão, o rei, o sábio, o santo, o governante, este comerá palha, quer dizer, saberá discernir entre o “trigo” e a “palha”, entre o bom e o mau. Neste sentido, o significado de comer “palha”, é comer a mentira para que só fique a verdade: o “trigo”.

“Como o boi”.

O boi é o novo homem que puxa a carroça, a carroça da fortuna, a carroça do Céu, a carroça de Deus, a carroça da verdade e a carroça que nos trará a mudança. A ele, Deus também lhe dará entendimento e comerá palha.

E a serpente comerá terra.

A serpente simboliza o homem que se arrastra e se põe de joelhos ante o poder, o que morde e nos envenena com a sua filosofia mundana, o que não possui uma doutrina pura: …o pó/terra será seu alimento. Esta metáfora sobre o alimento faz referência ao alimento espiritual e o seu espírito negro jazerá no pó da terra.


Pela internet brinca e corre
mensagem de cauda longa, 
e os leitores dormitam
enquanto se acerca a aurora.

Meio monte arrastra o boi,
meio monte a serpente,
como asneira ao leão, servem palha,
mas mais feroz se sente.

Umas estrelas de vermelho,
outras muito cruas,
vão dando inveja à lua,
a terra fica  muda.

Tímida a hora aparece,
com as janelas fechadas,
pela internet brincam e correm
luzes brancas apagadas.

Pelo MSNE vinham estrelas
com asas no tempo,
as noites serão despertas,
os dias serão tormentos.

Anunciação de sinos,
para as luzes do tempo,
pelo MSNE vem
o ar que dá o alento.

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