terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

CONTRA A INDULGÊNCIA

SAUDAÇÕES


O Trono de Sião a Josep Pamies e ao seu Blog.


A consideração que sinto por todos os que amam a vida, é a fonte das minhas inquietudes.

Vivemos numa época em que muitos nos oferecem continuamente o milagre das soluções para este mundo. Para além destes conselheiros, a maioria das vezes bem-intencionados, existe também a versão oficial do sistema.
Todos estes conceitos de ideias sucumbem constantemente como consequência de excluir radicalmente qualquer antropomorfismo dos bons costumes e das atitudes para com a VIDA. A consciência e a razão separadas confundem o sentimento humano e convertem-no "num cão da palha" (o cão da palha não come nem deixa comer), enquanto perdura o bem-estar, encontra-se uma interpretação da vida muito de acorde com as próprias ideias. Sem dívida, quando lhes chega a crise, as doenças, os conflitos, o desemprego, etc; afastam-se e/ou são afastados desse percurso de vida.


Tudo o que existe está condenado a morrer, esta afirmação abriga o conceito de que o mundo das manifestações baseia-se inteiramente sobre a polaridade da razão, deixando á margem o universo da consciência. Não nos convém imaginar os estados de consciência como princípios originais estáticos, mas sim como um processo de contínuo desenvolvimento e transformação. Este processo é produzido como consequência de exercer uma série de valores e atitudes, não só pelo; “somos o que comemos”, mas também, somos a música que escutamos, a educação que sentimos/recebemos e o exercício que praticamos, a medicina que nos atende e as relações que desenvolvemos. Esta lei das seis atitudes faz com que todas as evoluções ou (não)evoluções (dependendo da boa pratica das ditas atitudes) transcorram de uma forma determinada. Ao contemplar o slogan: “para quê lutar contra o sistema, se o sistema somos todos nós”, observamos que o mesmo não deixa de estar correto, na medida em que constitui a força e o poder do sistema que se desenvolveu neste tempo.




Antes da chegada da televisão vivíamos com livre arbítrio. A sua imposição de forma sutil é a razão aberrante e alienadora, das mudanças que se foram produzindo no homem. Estas foram muito fortes e graduais, de tal maneira que o homem não consegue reconhecer o que se passa sem se confundir. Esta acredita que o que pensa é o correto, mas o que na realidade acontece, é que o homem é um produto do sistema e este por sua vez, globalizou-o. Embora na aparência possam existir muitas tendências, para alguns aspetos da vida, em geral, “todos os caminhos vão dar a Roma”. O que atua no homem de hoje em dia é uma tendência cega, eminentemente contranatura, por conta dos poderosos do sistema, que um dia se assenhoraram da transmissão das tradições culturais e da vida quotidiana do homem.


A consciência não é algo material, mas sim a origem de todo o sentido; é a única coisa livre que possui o ser humano, que depende de si mesmo, enquanto que tudo o resto recebe a sua razão de ser do mundo exterior, isto é equiparável a um grande oceano que flui constantemente e inunda tudo.
A. M. F., El León, um analista que estava passando por este homem foi visitar o seu amigo Tzu Hang, médico alquinaturista, ao qual perguntou:
-  O que são, os quatro mares?
Tzu Hang respondeu-lhe:
- São os “grandes ondas” que constituem a permanência do sistema e que são os seguintes:
  1. Os ricos e as multinacionais
  2. Os meios de comunicação
  3. As ONGs
  4. Os indulgentes
Com os ricos e as multinacionais exercendo o seu poder, a essência dos seus atos desliga-se da realidade do mundo que conhecemos. Os meios de comunicação mostram-nos as imagens das coisas que são as sementes da árvore do sistema. A flauta da caridade representa a “Terra”, um mundo miserável de desigualdades, onde há guerras, fome, etc e tudo isso, para que o sistema se limpar com a esmola. A flauta da equidade pertence ao Céu, um mundo com diretos universais é para todos. O mundo da justiça é o mundo da ordem e quando este emana dignidade, o homem que não é reto, sabe em quem confiar? O mundo da indulgência é caótico porque se o bárbaro não tem nada a temer, invade o mundo e acaba com o inocente.
Depois de ter escutado isto atentamente, El León disse:
Sabia de onde nasce o poder de possuir os bens alheios e de como estos poderes utilizam os seus mercenários informativos para adornar os seus abomináveis atos? E as pessoas ainda pensam que as ONGs fazem um bom trabalho humanitário amparando os mais pobres e necessitados.
- Sim - respondeu rapidamente Tzu Hang - O homem bom deve socorrer ao necessitado. Sem dúvida, convém estabelecer as diferencias entre o homem bom e o homem justo. “O bom” pode ter intenções e perseguir finalidades; que se tornam automáticas e sem nenhuma resolução para a independência/sobrevivência básica do pobre. Ora tal é um contrassenso e por vezes suspeito, sobretudo quando estas iniciativas estão subvencionadas na maioria dos casos pelos grandes poderes e governos do sistema. Pelo contrário, o homem justo deve dar a esmola, mas ao mesmo tempo, não deve deixar de fazer uma análise crítica da situação de marginalidade do pobre, de preocupar-se em ver e conhecer a natureza das causas e lutar para tentar muda-la.
- Creio que o explicaste bem; eu pelo menos entendi. - respondeu El León. Já só falta que me fales da indulgência! Por acaso não é bom perdoar?
- Sim! - disse Tzu Hang. Sem dúvida, o mundo das transgressões é o que convém a todo este mundo do mal, por culpa do desejo da avareza, da cobiça, do roubo, do assassinato, da violação, da mentira, etc. É por isso, que mais do que fomentar o perdão, há que procurar a justiça. Frente á exagerada ênfases de reintegrar os ladrões, violadores, criminosos, etc; seria mais justo optar por proteger as vítimas inocentes destes delinquentes, já que a sua maioria é incorrigível e persistem nos seus atos delinquentes. Não se trata em absoluto de expor uma teoria para compreender a natureza destes transgressores e do caminho que os conduz aos seus atos, mas há que analisa-los a partir de um ponto objetivo.
Os feitos conclusivos da natureza humana
As pessoas não são boas ou más pelo fato de querer ou não querer sê-lo, mas porque existem elementos fisiológicos que o determinam. Há milhares de neurónios que possuem uma informação estereotipada alterada em contraposição com o Arquétipo que nos indica um comportamento correto e moral que define o EU. Este EU pessoal que se converte em desejo é difícil mudar, embora não seja impossível porque se entrou numa dinâmica irreversível. E mais, estes mesmos desejos alimentam-se da consciência que atua segundo uma lei fixa, esta lei está baseada em predisposições cognitivas aprendidas e herdadas (caracteres genéticos) que marcam a consciência do ser.

Só é possível através da repressão, porque “é melhor a repressão do sábio que a canção do néscio” (Salomão) e da educação nos bons costumes ao longo das gerações, para poder assim eliminar esta perversão de maldades no homem.

A justiça nunca deve proceder por vingança, mas sim como uma forma de ressarcir uma pessoa que sofreu o atropelo da delinquência, e assim poder criar um precedente de ordem social. Se ao delinquente perdoássemos, e nada lhe acontece ao cometer delitos, tudo se converteria num caos. A contemplação da injustiça social, não é mais do que uma estratégia lançada pelos indulgentes, para defender a ordem estabelecida e adereçada com a palavra perdoar; a qual dá uma grande dimensão ao mundo da demagogia. Assim, enquanto os do perdão têm o seu dinheiro, seus trabalhos, suas casas, seu bem-estar, sua ordem, etc… outros morrem de fome, são assassinados, ultrajados, violados e muito mais coisas.

Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça porque eles serão saciados”.
                             
                                                                                                               (Mateus 5:6)

Depois de ter escutado atentamente as palavras de Tzu Hang, A.M.F., El León, disse-lhe:
- Falarei com O Companheiro Cósmico para que este diga Á Mãe que exerça o seu poder para mudar o homem.



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