O Trono de Sião a Josep Pamies e ao seu Blog.
A consideração que sinto por
todos os que amam a vida, é a fonte das minhas inquietudes.
Vivemos numa época em que
muitos nos oferecem continuamente o milagre das soluções para este mundo. Para
além destes conselheiros, a maioria das vezes bem-intencionados, existe também a
versão oficial do sistema.
Todos estes conceitos de ideias
sucumbem constantemente como consequência de excluir radicalmente qualquer
antropomorfismo dos bons costumes e das atitudes para com a VIDA. A consciência
e a razão separadas confundem o sentimento humano e convertem-no "num cão da
palha" (o cão da palha não come nem deixa comer), enquanto perdura o bem-estar, encontra-se uma interpretação da vida muito
de acorde com as próprias ideias. Sem dívida, quando lhes chega a crise, as doenças,
os conflitos, o desemprego, etc; afastam-se e/ou são afastados desse percurso
de vida.
Tudo o que existe
está condenado a morrer, esta afirmação abriga o conceito
de que o mundo das manifestações baseia-se inteiramente sobre a polaridade da
razão, deixando á margem o universo da consciência. Não nos convém imaginar os
estados de consciência como princípios originais estáticos, mas sim como um processo
de contínuo desenvolvimento e transformação. Este processo é produzido como consequência de exercer uma série de valores e atitudes, não
só pelo; “somos o que comemos”, mas também,
somos a música que escutamos, a educação que sentimos/recebemos e o exercício
que praticamos, a medicina que nos atende e as relações que desenvolvemos. Esta
lei das seis atitudes faz com que todas as evoluções ou (não)evoluções (dependendo
da boa pratica das ditas atitudes) transcorram de uma forma determinada. Ao
contemplar o slogan: “para quê lutar contra o sistema, se o
sistema somos todos nós”, observamos que o
mesmo não deixa de estar correto, na medida em que constitui a força e o poder
do sistema que se desenvolveu neste tempo.
Antes da chegada da
televisão vivíamos com livre arbítrio. A sua imposição de forma sutil é a razão
aberrante e alienadora, das mudanças que se foram produzindo no homem. Estas
foram muito fortes e graduais, de tal maneira que o homem não consegue reconhecer
o que se passa sem se confundir. Esta acredita que o que pensa é o correto, mas
o que na realidade acontece, é que o homem é um produto do sistema e este por
sua vez, globalizou-o. Embora na aparência possam existir muitas tendências, para
alguns aspetos da vida, em geral, “todos os
caminhos vão dar a Roma”. O que atua no homem de hoje em dia é uma tendência
cega, eminentemente contranatura, por conta dos poderosos do sistema, que um dia
se assenhoraram da transmissão das tradições culturais e da vida quotidiana do
homem.
A consciência não é
algo material, mas sim a origem de todo o sentido; é a única coisa livre que
possui o ser humano, que depende de si mesmo, enquanto que tudo o resto recebe a
sua razão de ser do mundo exterior, isto é equiparável a um grande oceano que flui
constantemente e inunda tudo.
A. M. F., El León, um
analista que estava passando por este homem foi visitar o seu amigo Tzu Hang,
médico alquinaturista, ao qual perguntou:
- O que são, os quatro
mares?
Tzu Hang
respondeu-lhe:
- São os “grandes
ondas” que constituem a permanência do sistema e que são os seguintes:
- Os ricos e as multinacionais
- Os meios de comunicação
- As ONGs
- Os indulgentes
Com os ricos e as
multinacionais exercendo o seu poder, a essência dos seus atos desliga-se da realidade
do mundo que conhecemos. Os meios de comunicação mostram-nos as imagens das coisas
que são as sementes da árvore do sistema. A flauta da caridade representa a “Terra”, um mundo miserável de desigualdades, onde há guerras,
fome, etc e tudo isso, para que o sistema se limpar com a esmola. A flauta da equidade pertence ao Céu, um mundo com diretos universais é para todos.
O mundo da justiça é o mundo da ordem e quando este emana dignidade, o homem
que não é reto, sabe em quem confiar? O mundo da indulgência é caótico porque
se o bárbaro não tem nada a temer, invade o mundo e acaba com o inocente.
Depois de ter
escutado isto atentamente, El León disse:
Sabia de onde nasce
o poder de possuir os bens alheios e de como estos poderes utilizam os seus mercenários
informativos para adornar os seus abomináveis atos? E as pessoas ainda pensam
que as ONGs fazem um bom trabalho humanitário amparando os mais pobres e necessitados.
- Sim - respondeu rapidamente
Tzu Hang - O homem bom deve socorrer ao necessitado. Sem dúvida, convém estabelecer
as diferencias entre o homem bom e o homem justo. “O bom” pode ter intenções e
perseguir finalidades; que se tornam automáticas e sem nenhuma resolução para a
independência/sobrevivência básica do pobre. Ora tal é um contrassenso e por vezes
suspeito, sobretudo quando estas iniciativas estão subvencionadas na maioria
dos casos pelos grandes poderes e governos do sistema. Pelo contrário, o homem
justo deve dar a esmola, mas ao mesmo tempo, não deve deixar de fazer uma análise
crítica da situação de marginalidade do pobre, de preocupar-se em ver e conhecer
a natureza das causas e lutar para tentar muda-la.
- Creio que o explicaste
bem; eu pelo menos entendi. - respondeu El León. Já só falta que me fales da indulgência!
Por acaso não é bom perdoar?
- Sim! - disse Tzu
Hang. Sem dúvida, o mundo das transgressões é o que convém a todo este mundo do
mal, por culpa do desejo da avareza, da cobiça, do roubo, do assassinato, da violação,
da mentira, etc. É por isso, que mais do que fomentar o perdão, há que procurar
a justiça. Frente á exagerada ênfases de reintegrar os ladrões, violadores,
criminosos, etc; seria mais justo optar por proteger as vítimas inocentes destes
delinquentes, já que a sua maioria é incorrigível e persistem nos seus atos
delinquentes. Não se trata em absoluto de expor uma teoria para compreender a
natureza destes transgressores e do caminho que os conduz aos seus atos, mas há
que analisa-los a partir de um ponto objetivo.
Os feitos conclusivos da natureza humana
As pessoas não são
boas ou más pelo fato de querer ou não querer sê-lo, mas porque existem
elementos fisiológicos que o determinam. Há milhares de neurónios que possuem
uma informação estereotipada alterada em contraposição com o Arquétipo que nos
indica um comportamento correto e moral que define o EU. Este EU pessoal que se
converte em desejo é difícil mudar, embora não seja impossível porque se entrou
numa dinâmica irreversível. E mais, estes mesmos desejos alimentam-se da consciência
que atua segundo uma lei fixa, esta lei está baseada em predisposições
cognitivas aprendidas e herdadas (caracteres genéticos) que marcam a consciência
do ser.
Só é possível
através da repressão, porque “é
melhor a repressão do sábio que a canção do néscio” (Salomão) e da educação
nos bons costumes ao longo das gerações, para poder assim eliminar esta
perversão de maldades no homem.
A justiça nunca
deve proceder por vingança, mas sim como uma forma de ressarcir uma pessoa que
sofreu o atropelo da delinquência, e assim poder criar um precedente de ordem
social. Se ao delinquente perdoássemos, e nada lhe acontece ao cometer delitos,
tudo se converteria num caos. A contemplação da injustiça social, não é mais do
que uma estratégia lançada pelos indulgentes, para defender a ordem estabelecida
e adereçada com a palavra perdoar; a qual dá uma grande dimensão ao mundo da
demagogia. Assim, enquanto os do perdão têm o seu dinheiro, seus trabalhos, suas
casas, seu bem-estar, sua ordem, etc… outros morrem de fome, são assassinados,
ultrajados, violados e muito mais coisas.
“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça
porque eles serão saciados”.
(Mateus 5:6)
Depois de ter
escutado atentamente as palavras de Tzu Hang, A.M.F., El León, disse-lhe:
- Falarei com O Companheiro
Cósmico para que este diga Á Mãe que exerça o seu poder para mudar o homem.
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