segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

A LUZ DE UMA PÉROLA NOVA



“Fez também Deus aliança com o rei Davi, filho de Jessé, da tribo de Judá; tornou-o herdeiro do reino, ele e sua raça, para derramar a sabedoria no nosso coração, e julgar o seu povo com justiça, a fim de que não se perdessem os seus bens: tornou eterna a sua glória no seio de sua raça.”

                                                                 (Eclesiástico 45:31)



Sabe-se tão pouco do que é ser um mestre que, por vezes, a proclamação dos seus ensinamentos coloca-nos em dúvida. É difícil perseguir todos os rastos da verdade, sobretudo quando existem forças contrárias que interferem com esta.



Neste sentido, não tem havido nem existido na Terra nenhum mestre sábio, governante ou profeta detentor da verdade absoluta. Só Cristo é que a proclamou quando Pilatos lhe perguntou:


- Quem és?

Cristo respondeu:

- Eu sou a verdade. - E acrescentou:

- Eu sou o único mestre.


De facto, o que reina em muitos homens é um perfeito acordo entre o divino e o humano, acordo esse que vislumbra, em benefício destes, as grandes leis universais. Os homens abandonam os seus estereótipos, dispondo-se a seguir as indicações do CÉU. Este, pela sua própria natureza, é capaz de apreender os ditados divinos e, no seu imenso isolamento, pode contemplar os estereótipos humanos disfarçados pelas mais subtis cores.







Uma vez, um sábio disse-me:
- Aqui me vejo só, contemplando a permutabilidade de todas as condições e esperando a conjuntura outonal onde tudo cai, para que, mediante a hibernação apareça o novo homem.




Enquanto isso:



  • O pastor deixa solto o rebanho para que seja livre, sacrificando a sua vida enquanto as ovelhas pastam.


  • Dá explicações às soberbas queixas.


  • Brilhando como candeias socorre a solitária justiça.


  • Virgem que só conhece a força da responsabilidade.


  • Vai livrando os espíritos dos grandes demónios.


  • Sendo rei, vive como um escravo, este é seu súbdito.


É drástico o resultado da descrição do comportamento moral já que as regras se repetem.

A discrepância entre a essência e a aparência faz-se notar, para além dos males que se manifestam através dos demónios. Os outros males têm como ponto de partida a incompreensão da doutrina, o que denota um comportamento que não vai para além do comportamento das “gentes do mundo”.

Sem dúvida, o conhecimento do bem e do mal marca aqui a diferença com tais pessoas e este é o começo do desequilíbrio que dá lugar aos bloqueios das asas.

O TAO (consciência superior) representa a base suprema do funcionamento orgânico e há que satisfazer as suas necessidades para evitar que se produzam reações nocivas.

O TAO constitui o espírito formador. Denominamo-lo assim, visto este ter o poder de formar (metafísica transcendental). Então, se a pessoa não atuar conforme a moral, este atua sobre a pessoa em forma de castigo.

O TAO é a divina divindade terrestre que premeia os bons e castiga os maus. Num grau de desenvolvimento elevado (TAO entre 19 e 30) não permite um SENTIDO inequívoco pois a este não é possível enganar.

Podemos dizer que o TAO é uma pequena consciência universal que mora dentro de nós, que nos pertence e que trata de nos harmonizar o EU individual.






Este mesmo sábio também me disse:

-Tive um sonho no qual via como que um rio de água de vida limpa e transparente que subia por uma montanha (sonho real). A montanha faz referência à purificação para consumar a oferenda a Deus (tal como foi realizada por Moisés quando subiu ao monte para recolher as Tábuas da Lei que Deus lhe entregou). A lei é uma necessidade imposta a partir de fora como a fez Deus e como a faz o TAO. Em si mesma, é uma necessidade circunstancial, sem dúvida não constitui o supremo nem o último. O supremo e o último devem elevar-se acima da lei, já que formam parte do começo do Céu, ou seja, a evolução da consciência assim como um rio flui da sua fonte.



                                                    

1 Então o anjo me mostrou o rio da água da vida que, claro como cristal, fluía do trono de Deus e do Cordeiro. 2 No meio da rua principal da cidade. De cada lado do rio estava a árvore da vida, que frutifica doze vezes por ano, uma por mês. As folhas da árvore servem para a cura das nações.”

(Apocalipse 22:1-2)




Bem-aventurados os que comem da árvore da vida ou do seu fruto, porque Deus lho dará gratuitamente todos os meses.




Vinham dos céus
sem saber de onde vinham.
Uma pérola com luz,
disseram ao sábio que a tinha.


Não veem a ferida que têm,
não veem a morte que anda.
Ao nadar sobe o mar,
ela sem alívio canta.


Silencia a cal e canto
quando a injustiça clama.
Têm a língua tão fina
que só importa o que amam.


O mar enfurece quando ele canta,
demónios que comem vozes.
Enquanto os altos flamencos
com ritmos dão coices.


Apresentam torsos despidos
nos escritos floridos:
uns vestem-nos de santos,
a outros os descrevem-nos podridos.


Às costas das suas asas
as mil chamadas de socorro:
metade encontra-se angustiada,
outros dispostos ao acosso.


O dia corre depressa,
a noite colada ao ombro.
Cansaços de toureiro
próximo do mar e de seus demónios.


Vozes da vida soaram
perto de Guadalquivir,
vozes de antigas lendas
se aproximaram de mim.


As estrelas já chegaram
com suas luzes viris,
mais vale que a recebas
e não ter que morrer.


Ai David! O que tu foste,
digno de poder viver!
Ai David! O que te deram,
a fonte do não morrer!


Ai David! O que te disseram,
não ofereças o elixir,
que um anjo da vida colocou
na tua cabeça de candeia!


Só pelas estrelas
As crianças podem subir,
Sem maldade, sem soberba e com justiça,
generosas sem o ego na sua vida.









O médico alquinaturista,
 TZU HANG








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