“Fez
também Deus aliança com o rei Davi, filho de Jessé, da tribo de Judá; tornou-o
herdeiro do reino, ele e sua raça, para derramar a sabedoria no nosso coração,
e julgar o seu povo com justiça, a fim de que não se perdessem os seus bens:
tornou eterna a sua glória no seio de sua raça.”
(Eclesiástico 45:31)
Sabe-se
tão pouco do que é ser um mestre que, por vezes, a proclamação dos seus
ensinamentos coloca-nos em dúvida. É difícil perseguir todos os rastos da
verdade, sobretudo quando existem forças contrárias que interferem com esta.
Neste
sentido, não tem havido nem existido na Terra nenhum mestre sábio, governante
ou profeta detentor da verdade absoluta. Só Cristo é que a proclamou quando
Pilatos lhe perguntou:
- Quem és?
Cristo
respondeu:
- Eu sou a
verdade. - E acrescentou:
- Eu sou o
único mestre.
De facto,
o que reina em muitos homens é um perfeito acordo entre o divino e o humano,
acordo esse que vislumbra, em benefício destes, as grandes leis universais. Os homens
abandonam os seus estereótipos, dispondo-se a seguir as indicações do CÉU. Este,
pela sua própria natureza, é capaz de apreender os ditados divinos e, no seu
imenso isolamento, pode contemplar os estereótipos humanos disfarçados pelas
mais subtis cores.
Uma vez,
um sábio disse-me:
- Aqui me
vejo só, contemplando a permutabilidade de todas as condições e esperando a
conjuntura outonal onde tudo cai, para que, mediante a hibernação apareça o
novo homem.
Enquanto
isso:
- O pastor deixa solto o rebanho para que seja
livre, sacrificando a sua vida enquanto as ovelhas pastam.
- Dá explicações às soberbas queixas.
- Brilhando como candeias socorre a solitária
justiça.
- Virgem que só conhece a força da responsabilidade.
- Vai livrando os espíritos dos grandes
demónios.
- Sendo rei, vive como um escravo, este é seu súbdito.
É drástico
o resultado da descrição do comportamento moral já que as regras se repetem.
A
discrepância entre a essência e a aparência faz-se notar, para além dos males
que se manifestam através dos demónios. Os outros males têm como ponto de
partida a incompreensão da doutrina, o que denota um comportamento que não vai
para além do comportamento das “gentes do mundo”.
Sem
dúvida, o conhecimento do bem e do mal marca aqui a diferença com tais pessoas
e este é o começo do desequilíbrio que dá lugar aos bloqueios das asas.
O TAO
(consciência superior) representa a base suprema do funcionamento orgânico e há
que satisfazer as suas necessidades para evitar que se produzam reações
nocivas.
O TAO
constitui o espírito formador. Denominamo-lo assim, visto este ter o poder de
formar (metafísica transcendental). Então, se a pessoa não atuar conforme a
moral, este atua sobre a pessoa em forma
de castigo.
O TAO é a divina
divindade terrestre que premeia os bons e castiga os maus. Num grau de desenvolvimento
elevado (TAO entre 19 e 30) não permite um SENTIDO inequívoco pois a este não é
possível enganar.
Podemos dizer que o TAO é uma pequena consciência
universal que mora dentro de nós, que nos pertence e que trata de nos
harmonizar o EU individual.
Este mesmo
sábio também me disse:
-Tive um
sonho no qual via como que um rio de água de vida limpa e transparente que
subia por uma montanha (sonho real). A montanha faz referência à purificação
para consumar a oferenda a Deus (tal como foi realizada por Moisés quando subiu
ao monte para recolher as Tábuas da Lei que Deus lhe entregou). A lei é uma
necessidade imposta a partir de fora como a fez Deus e como a faz o TAO. Em si
mesma, é uma necessidade circunstancial, sem dúvida não constitui o supremo nem
o último. O supremo e o último devem elevar-se acima da lei, já que formam
parte do começo do Céu, ou seja, a evolução da consciência assim como um rio flui
da sua fonte.
“1 Então o anjo me mostrou o rio da água
da vida que, claro como cristal, fluía do trono de Deus e do Cordeiro. 2 No meio da rua principal da cidade. De
cada lado do rio estava a árvore da vida, que frutifica doze vezes por ano, uma
por mês. As folhas da árvore servem para a cura das nações.”
(Apocalipse 22:1-2)
Bem-aventurados
os que comem da árvore da vida ou do seu fruto, porque Deus lho dará
gratuitamente todos os meses.
Vinham dos
céus
sem saber
de onde vinham.
Uma pérola
com luz,
disseram
ao sábio que a tinha.
Não veem a
ferida que têm,
não veem a
morte que anda.
Ao nadar
sobe o mar,
ela sem alívio
canta.
Silencia a
cal e canto
quando a
injustiça clama.
Têm a
língua tão fina
que só
importa o que amam.
O mar
enfurece quando ele canta,
demónios
que comem vozes.
Enquanto
os altos flamencos
com ritmos
dão coices.
Apresentam
torsos despidos
nos
escritos floridos:
uns
vestem-nos de santos,
a outros
os descrevem-nos podridos.
Às costas
das suas asas
as mil
chamadas de socorro:
metade encontra-se
angustiada,
outros
dispostos ao acosso.
O dia
corre depressa,
a noite
colada ao ombro.
Cansaços
de toureiro
próximo do
mar e de seus demónios.
Vozes da
vida soaram
perto de
Guadalquivir,
vozes de
antigas lendas
se aproximaram
de mim.
As
estrelas já chegaram
com suas
luzes viris,
mais vale
que a recebas
e não ter
que morrer.
Ai David!
O que tu foste,
digno de
poder viver!
Ai David!
O que te deram,
a fonte do
não morrer!
Ai David!
O que te disseram,
não
ofereças o elixir,
que um
anjo da vida colocou
na tua
cabeça de candeia!
Só pelas
estrelas
As
crianças podem subir,
Sem
maldade, sem soberba e com justiça,
generosas
sem o ego na sua vida.
O médico alquinaturista,
TZU
HANG
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